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O canal de informação e divulgação de Campo Redondo - RN

HISTÓRIA E FORMAÇÃO DA CIDADE DE CAMPO REDONDO - RN

Origens de Campo Redondo

Na segunda metade do século XIX e início do século XX já havia evidências de herdeiros de famílias paraibanas e norteriograndenses se instalaram em solo campo-redondense, na Serra do Doutor.

Nessa época era muito comum a aglomeração de pessoas das comunidades rurais migrarem para outras zonas rurais como forma de se comunicarem e realizarem trocas e assim facilitar a convivência entre eles. Um outro motivo de migrações para o município de Campo Redondo podemos citar os relacionamentos pessoais que comumente acontecia.

Aos poucos famílias oriundas das regiões do Curimatá da Paraíba e do Seridó do Rio Grande do Norte formavam as comunidades rurais do Baldo, Timbaúba, Serra do Doutor, Grossos, Olho D'Água, Maravilha, Malhada Vermelha, Lagoa do Meio e adjacências.

A família do fundador Francisco José Pacheco se instalou, no final do século XIX, na principal fazenda do povoado, na qual foi se organizando e expandindo a criação de animais, a atividade agrícola para produção de alimentos para subsistência do povoado.

𝐒𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐀𝐮𝐠𝐮𝐬𝐭𝐨𝐬 𝐁𝐞𝐳𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐌𝐞𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 (𝐑𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐈𝐇𝐆𝐑𝐍, 𝟏𝟗𝟒𝟖), “𝐧𝐚 𝐳𝐨𝐧𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó, 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐨 é 𝐚𝐟𝐢𝐫𝐦𝐚𝐫-𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐦𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐞𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐮 𝐝𝐚 𝐧𝐞𝐜𝐞𝐬𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫 𝐚𝐝𝐞𝐪𝐮𝐚𝐝𝐨 à 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐠𝐚𝐝𝐨𝐬. […] 𝐎 𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐟𝐨𝐢, 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐦𝐨𝐝𝐨, 𝐚𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐚𝐫 𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐬𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨𝐞𝐧𝐬𝐞, 𝐨 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥, 𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐢𝐪𝐮𝐞𝐳𝐚 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐨𝐫𝐚çã𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐫𝐜𝐢𝐚𝐥, 𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜í𝐩𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó. […] 𝐌𝐚𝐬, 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐬𝐞𝐫𝐢𝐚, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐝𝐞𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫 𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬, 𝐚 𝐝𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó.

Liderando os irmãos mais novos, Francisco José Pacheco e os demais, compraram terras no então município de Santa Cruz, exatamente no Sítio Baldo.

"𝐎 𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐫 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐏𝐚𝐜𝐡𝐞𝐜𝐨 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮 𝐚 𝐟𝐫𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐚𝐬 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐧𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐫𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨 𝐞 𝐟𝐞𝐳 𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐬, 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐮𝐞𝐬𝐚, 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨 𝐞 𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐚 𝐒𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐮𝐭𝐨𝐫, 𝐜𝐨𝐦 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐟𝐫𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐚𝐬 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳 𝐞 𝐂𝐮𝐫𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐍𝐨𝐯𝐨𝐬. 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐞 𝐯𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐠𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐨𝐢 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞𝐮 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐞𝐥𝐡𝐚 𝐉𝐨𝐚𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨𝐧𝐚𝐫𝐚𝐦, 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐫 𝐧𝐨 𝐬í𝐭𝐢𝐨 𝐁𝐚𝐥𝐝𝐨. 𝐓𝐢𝐯𝐞𝐫𝐚𝐦 𝟏𝟐 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬, 𝟏𝟏 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐧𝐬 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝟏𝟎 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫, 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫, 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐩𝐚𝐭𝐫𝐢𝐚𝐫𝐜𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐢𝐧𝐚𝐥𝐝𝐨𝐬. 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬, 𝐮𝐦𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐨𝐧𝐚𝐭𝐚, 𝐞 𝐮𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐨 𝐩𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐃𝐫. 𝐉𝐨𝐬é 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚. 𝐎 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐏𝐚𝐜𝐡𝐞𝐜𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫ó𝐱𝐢𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳, 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐑𝐚𝐦𝐚𝐥 𝐚𝐨 𝐬í𝐭𝐢𝐨 𝐂𝐮𝐠𝐢, 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 à 𝐚𝐛𝐮𝐧𝐝â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚 á𝐠𝐮𝐚 𝐝𝐨 𝐫𝐢𝐨 𝐧𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨. 𝐎𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐨 𝐩𝐚𝐢 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐣𝐨 𝐝𝐨 𝐠𝐚𝐝𝐨, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐮𝐦𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐥𝐚𝐠𝐨𝐚 𝐞 𝐚𝐛𝐮𝐧𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐭𝐨 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚, 𝐝𝐞𝐧𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐨 "𝐜𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐧𝐝𝐨", 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐥𝐚𝐠𝐨𝐚 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐯𝐚 𝐧𝐚 𝐫𝐮𝐚 𝐝𝐚 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 à 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐫𝐝𝐚, 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐨 𝐫𝐚𝐦𝐚𝐥. 𝐀í 𝐯𝐞𝐦 𝐚 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨. 𝐎 𝐦𝐞𝐮 𝐛𝐢𝐬𝐚𝐯ô 𝐟𝐞𝐳 𝐚 𝐝𝐨𝐚çã𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐝𝐚 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐬ã𝐨 𝐚𝐬 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳, 𝐩𝐫𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞 𝐜â𝐦𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥 , 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐚𝐭𝐚𝐫𝐚𝐦."

PACHECO ANDRADE, José. Natal, 26 de março de 2022.

Campo Redondo é um município com uma população de aproximadamente 11.363 habitantes na Serra do Doutor, uma altitude acima do nível do mar de 471m, clima semiárido e densidade demográfica de 48,8 hab/km. Distante apenas 135 km da capital. O município a exemplo de outros do Nordeste, protagonizaram grandes fluxos migratórios com destino às outras regiões do país, inicialmente para a região da Amazônia em razão do ciclo da borracha e da construção da Ferrovia Madeira Mamoré no Estado de Rondônia. Posteriormente para o Sudeste e Centro Oeste do pais, especificamente, São Paulo e Goiás. Os longos períodos de seca contribuíram para o agravamento desse êxodo.

Também não podemos deixar de citar os tempos áureos do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte e contextualizar historicamente.

𝐈𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐨 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐬é𝐜𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐈𝐗, 𝐨 𝐜𝐢𝐜𝐥𝐨 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝𝐨𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó 𝐬𝐞 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞𝐩ô𝐬 à 𝐩𝐞𝐜𝐮á𝐫𝐢𝐚 𝐛𝐨𝐯𝐢𝐧𝐚, 𝐚𝐭𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐢𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐮 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐚𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐧𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨, 𝐞 𝐬𝐞 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐨𝐫𝐦𝐨𝐮 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨, 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐟𝐨𝐬𝐬𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐚𝐠𝐫𝐢𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐪𝐮𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐞𝐧𝐨 á𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐞 𝐬𝐞𝐦 irrigação. 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐢 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐚 s𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐨 𝐟𝐚𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐚 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐝𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐢𝐩𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨, 𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐦𝐨𝐜ó 𝐨𝐮 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐨 “𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó”. Tomislav R. Femenick – Economista, jornalista e historiador – Do IHGRN

Hoje, o município de Campo Redondo vive um momento diferente. O Estado se faz mais presente nas políticas públicas que vem sendo implantadas e desenvolvidas ao longo dos últimos vinte anos. O comércio cresceu, as oportunidades surgiram, a Educação deu um salto de qualidade significativo. A estrutura física das escolas melhorou. Os índices melhoraram, a inserção dos jovens à Universidade é uma realidade. Felizmente é uma realidade em todo o Brasil. O Brasil é outro pais em relação ao Brasil da década de 1970. Cinquenta anos se passaram. No entanto, ainda se escuta e se vê resquícios da política do apadrinhamento, da troca de favores, da intriga, da perseguição e da máxima de Maquiavel: - "Aos amigos os favores, aos inimigos os rigores da lei". Uma prática nos moldes do Coronelismo às avessas quando direitos sociais não são repassados em razão do voto contrário.

Parabenizo todos os familiares daqueles que derramaram sangue e suor com o seu trabalho para criar seus filhos buscando fazer deles verdadeiros cidadãos, principalmente as gerações do século passado, quando as oportunidades eram quase inexistentes e o Estado não cumpria com o seu papel, deixando o cidadão largado a própria sorte na Saúde, na Educação, na Habitação, no Transporte, na Agricultura e Pecuária. Exemplificando o abandono do Estado Brasileiro para com seu povo na década de 1970 posso citar um exemplo dentre muitos que nunca saíram da minha memória, presenciamos a morte de quatro membros de uma só família deitados no chão de barro batido agonizando em razão da ingestão de mandioca cuja maniva não havia sido cozida o suficiente e não aparecia uma autoridade pública que se responsabilizasse para salvar os cidadãos. Podemos citar os inúmeros brasileiros campo-redondenses que partiram ainda na primeira idade vítimas de desidratação e verminoses, o sino da igreja anunciava mais um anjo trazido dentro de um caixão no ombro do pai acompanhado pela mãe ou por familiares. Lembro como se fosse hoje quando um carro de uma instituição pública de Natal deixou na casa de familiares o corpo inerte de um rapaz de aproximadamente 20 anos de cueca, morto por arma branca cujas perfurações estavam bem visíveis sem sequer o Estado colocar o cidadão dentro de uma urna funerária.

Ainda não se percebe um desenvolvimento regional sustentável voltado para grande parcela da população. Ainda não se fez presente uma política que venha agregar as atividades de agricultura e pecuária, turismo e comércio e que busque desenvolver o potencial humano dentro das condições climáticas e hidrográficas da região.

Por Denise Cortez (Facebook)

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