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𝐒𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐀𝐮𝐠𝐮𝐬𝐭𝐨𝐬 𝐁𝐞𝐳𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐌𝐞𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 (𝐑𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐈𝐇𝐆𝐑𝐍, 𝟏𝟗𝟒𝟖), “𝐧𝐚 𝐳𝐨𝐧𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó, 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐨 é 𝐚𝐟𝐢𝐫𝐦𝐚𝐫-𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐦𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐞𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐮 𝐝𝐚 𝐧𝐞𝐜𝐞𝐬𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫 𝐚𝐝𝐞𝐪𝐮𝐚𝐝𝐨 à 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐠𝐚𝐝𝐨𝐬. […] 𝐎 𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐟𝐨𝐢, 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐦𝐨𝐝𝐨, 𝐚𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐚𝐫 𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐬𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨𝐞𝐧𝐬𝐞, 𝐨 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥, 𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐢𝐪𝐮𝐞𝐳𝐚 𝐧𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐨𝐫𝐚çã𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐫𝐜𝐢𝐚𝐥, 𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜í𝐩𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó. […] 𝐌𝐚𝐬, 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐬𝐞𝐫𝐢𝐚, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐝𝐞𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫 𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬, 𝐚 𝐝𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó.
Liderando os irmãos mais novos, Francisco José Pacheco e os demais, compraram terras no então município de Santa Cruz, exatamente no Sítio Baldo.
"𝐎 𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐫 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐏𝐚𝐜𝐡𝐞𝐜𝐨 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨𝐮 𝐚 𝐟𝐫𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐚𝐬 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐧𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐫𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨 𝐞 𝐟𝐞𝐳 𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨𝐬, 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐮𝐞𝐬𝐚, 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨 𝐞 𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧𝐚 𝐒𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐮𝐭𝐨𝐫, 𝐜𝐨𝐦 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐟𝐫𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐚𝐬 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳 𝐞 𝐂𝐮𝐫𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐍𝐨𝐯𝐨𝐬. 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐞 𝐯𝐞𝐧𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐠𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐨𝐢 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞𝐮 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐞𝐥𝐡𝐚 𝐉𝐨𝐚𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝐬𝐞 𝐚𝐩𝐚𝐢𝐱𝐨𝐧𝐚𝐫𝐚𝐦, 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐦𝐨𝐫𝐚𝐫 𝐧𝐨 𝐬í𝐭𝐢𝐨 𝐁𝐚𝐥𝐝𝐨. 𝐓𝐢𝐯𝐞𝐫𝐚𝐦 𝟏𝟐 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬, 𝟏𝟏 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐧𝐬 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐫𝐚𝐦 𝟏𝟎 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫, 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫, 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐩𝐚𝐭𝐫𝐢𝐚𝐫𝐜𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐑𝐞𝐢𝐧𝐚𝐥𝐝𝐨𝐬. 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬, 𝐮𝐦𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐨𝐧𝐚𝐭𝐚, 𝐞 𝐮𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐨 𝐩𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐃𝐫. 𝐉𝐨𝐬é 𝐁𝐨𝐫𝐠𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚. 𝐎 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐬é 𝐏𝐚𝐜𝐡𝐞𝐜𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐫𝐢𝐞𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫ó𝐱𝐢𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳, 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐑𝐚𝐦𝐚𝐥 𝐚𝐨 𝐬í𝐭𝐢𝐨 𝐂𝐮𝐠𝐢, 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 à 𝐚𝐛𝐮𝐧𝐝â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚 á𝐠𝐮𝐚 𝐝𝐨 𝐫𝐢𝐨 𝐧𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨. 𝐎𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐞𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐨 𝐩𝐚𝐢 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐣𝐨 𝐝𝐨 𝐠𝐚𝐝𝐨, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐮𝐦𝐚 á𝐫𝐞𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐥𝐚𝐠𝐨𝐚 𝐞 𝐚𝐛𝐮𝐧𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐬𝐭𝐨 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐚, 𝐝𝐞𝐧𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫𝐚𝐦 𝐨 "𝐜𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐧𝐝𝐨", 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐥𝐚𝐠𝐨𝐚 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐯𝐚 𝐧𝐚 𝐫𝐮𝐚 𝐝𝐚 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 à 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐫𝐝𝐚, 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐯𝐞𝐦 𝐝𝐨 𝐫𝐚𝐦𝐚𝐥. 𝐀í 𝐯𝐞𝐦 𝐚 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨. 𝐎 𝐦𝐞𝐮 𝐛𝐢𝐬𝐚𝐯ô 𝐟𝐞𝐳 𝐚 𝐝𝐨𝐚çã𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐝𝐚 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐬ã𝐨 𝐚𝐬 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐂𝐫𝐮𝐳, 𝐩𝐫𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞 𝐜â𝐦𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥 , 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐚𝐭𝐚𝐫𝐚𝐦."
PACHECO ANDRADE, José. Natal, 26 de março de 2022.
Campo Redondo é um município com uma população de aproximadamente 11.363 habitantes na Serra do Doutor, uma altitude acima do nível do mar de 471m, clima semiárido e densidade demográfica de 48,8 hab/km. Distante apenas 135 km da capital. O município a exemplo de outros do Nordeste, protagonizaram grandes fluxos migratórios com destino às outras regiões do país, inicialmente para a região da Amazônia em razão do ciclo da borracha e da construção da Ferrovia Madeira Mamoré no Estado de Rondônia. Posteriormente para o Sudeste e Centro Oeste do pais, especificamente, São Paulo e Goiás. Os longos períodos de seca contribuíram para o agravamento desse êxodo.
Também não podemos deixar de citar os tempos áureos do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte e contextualizar historicamente.
𝐈𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐨 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐬é𝐜𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐈𝐗, 𝐨 𝐜𝐢𝐜𝐥𝐨 𝐞𝐜𝐨𝐧ô𝐦𝐢𝐜𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝𝐨𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó 𝐬𝐞 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞𝐩ô𝐬 à 𝐩𝐞𝐜𝐮á𝐫𝐢𝐚 𝐛𝐨𝐯𝐢𝐧𝐚, 𝐚𝐭𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐢𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐮 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐚𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐧𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨, 𝐞 𝐬𝐞 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐨𝐫𝐦𝐨𝐮 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨, 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐟𝐨𝐬𝐬𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐚𝐠𝐫𝐢𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐪𝐮𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐞𝐧𝐨 á𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐞 𝐬𝐞𝐦 irrigação. 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐢 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐚 s𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐨 𝐟𝐚𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐠𝐢ã𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐚 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐝𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐢𝐩𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨, 𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐦𝐨𝐜ó 𝐨𝐮 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐨 “𝐚𝐥𝐠𝐨𝐝ã𝐨 𝐝𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐢𝐝ó”. Tomislav R. Femenick – Economista, jornalista e historiador – Do IHGRN
Hoje, o município de Campo Redondo vive um momento diferente. O Estado se faz mais presente nas políticas públicas que vem sendo implantadas e desenvolvidas ao longo dos últimos vinte anos. O comércio cresceu, as oportunidades surgiram, a Educação deu um salto de qualidade significativo. A estrutura física das escolas melhorou. Os índices melhoraram, a inserção dos jovens à Universidade é uma realidade. Felizmente é uma realidade em todo o Brasil. O Brasil é outro pais em relação ao Brasil da década de 1970. Cinquenta anos se passaram. No entanto, ainda se escuta e se vê resquícios da política do apadrinhamento, da troca de favores, da intriga, da perseguição e da máxima de Maquiavel: - "Aos amigos os favores, aos inimigos os rigores da lei". Uma prática nos moldes do Coronelismo às avessas quando direitos sociais não são repassados em razão do voto contrário.
Parabenizo todos os familiares daqueles que derramaram sangue e suor com o seu trabalho para criar seus filhos buscando fazer deles verdadeiros cidadãos, principalmente as gerações do século passado, quando as oportunidades eram quase inexistentes e o Estado não cumpria com o seu papel, deixando o cidadão largado a própria sorte na Saúde, na Educação, na Habitação, no Transporte, na Agricultura e Pecuária. Exemplificando o abandono do Estado Brasileiro para com seu povo na década de 1970 posso citar um exemplo dentre muitos que nunca saíram da minha memória, presenciamos a morte de quatro membros de uma só família deitados no chão de barro batido agonizando em razão da ingestão de mandioca cuja maniva não havia sido cozida o suficiente e não aparecia uma autoridade pública que se responsabilizasse para salvar os cidadãos. Podemos citar os inúmeros brasileiros campo-redondenses que partiram ainda na primeira idade vítimas de desidratação e verminoses, o sino da igreja anunciava mais um anjo trazido dentro de um caixão no ombro do pai acompanhado pela mãe ou por familiares. Lembro como se fosse hoje quando um carro de uma instituição pública de Natal deixou na casa de familiares o corpo inerte de um rapaz de aproximadamente 20 anos de cueca, morto por arma branca cujas perfurações estavam bem visíveis sem sequer o Estado colocar o cidadão dentro de uma urna funerária.
Ainda não se percebe um desenvolvimento regional sustentável voltado para grande parcela da população. Ainda não se fez presente uma política que venha agregar as atividades de agricultura e pecuária, turismo e comércio e que busque desenvolver o potencial humano dentro das condições climáticas e hidrográficas da região.
Por Denise Cortez (Facebook)

PRÉ-HISTÓRIA

No ano de 1894, tornou-se pública a existência de uma fazenda de gado por nome Campo Redondo, situada na serra do Doutor, na região do Trairi de propriedade de Francisco José Pacheco. A família Pachêco comprou propriedades aqui e começaram a construção das primeiras casas. A primeira casa foi construída por Joaquim Borges de Oliveira, onde atualmente funciona a Farmácia Tradição Amarante. Portanto, a família Pachêco são os legítimos fundadores de Campo Redondo.
Por decisão do proprietário foi construído na fazenda uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, em 1917, para levar até a povoação a presença religiosa e por gratidão do sucesso obtido na plantação do algodão e o êxito das lavouras. A primeira criança batizada que foi batizada na capela foi Francisco Pachêco Filho.
Cinco anos depois, em 1922, Campo Redondo já tinha feira e uma rua única com trinta casas, começando a ganhar evidências de um pequeno povoado.
Em 1922, Campo Redondo já tinha uma feira e uma rua com trinta casas o que lhe dava aparência de povoado. A capela foi substituída por uma igreja maior em 1935 e três anos depois Campo Redondo foi elevado à condição de vila, passando a se chamar, oficialmente, Serra do Doutor, no dia 30 de dezembro de 1943. Logo depois voltou ao seu nome original, Campo Redondo. Com o crescimento da população foi construído um cemitério, lá no alto na margem direita da estrada de acesso a cidade de Coronel Ezequiel, antigo Melão, local este onde se encontra o antigo prédio do Banco do Brasil, mansão de Valtércio Anominondas e FM Vales das Serras.
Em 26 de março de 1963, pela Lei nº 2.855, desmembrou-se de Santa Cruz e tornou-se município com o nome de Campo Redondo.
Campo Redondo está a 135 quilômetros de distância da capital, Natal, e tem uma área de 239 quilômetros quadrados, onde residem 10.266 habitantes.
O município de Campo Redondo é lugar aconchegante, pacato e acolhedor. Quem vem a cidade é sempre bem recebido pelos seus munícipes. Um lugar de belas paisagens na suas áreas urbana e rural.
ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE A EVOLUÇÃO DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE CAMPO REDONDO.
Distrito criado com a denominação de Campo Redondo, pelo Decreto Estadual n.º 603, de 31-10-1938, subordinado ao município de Santa Cruz.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Campo Redondo figura no município de Santa Cruz.
Pelo Decreto Estadual n.º 268, de 30-12-1943, o distrito de Campo Redondo passou a denominar-se Serra do Doutor.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Serra do Doutor (Campo Redondo) figura no município de Santa Cruz.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 146, de 23-12-1948, o distrito de Serra do Doutor voltou a denominar-se Campo Redondo.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Campo Redondo figura no município de Santa Cruz.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo de Redondo, pela Lei Estadual n.º 2.340, 31-12-1958, desmembrado de Santa Cruz. Sede no antigo distrito de Campo Redondo. Constituído do distrito sede.
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal n.º 558, de 24-10-1962, é extinto o município de Campo Redondo, sendo seu território anexado ao município de Santa Cruz, como simples distrito.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Campo Redondo, pela Lei Estadual n.º 2.855, de 26-03-1963, desmembrado de Santa Cruz. Sede no antigo distrito de Campo Redondo. Constituído do distrito sede e instalado em 31-03-1963.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018.

HISTÓRIA E FORMAÇÃO

Distrito criado com a denominação de Campo Redondo, pelo Decreto Estadual n.º 603, de 31-10-1938, subordinado ao município de Santa Cruz.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Campo Redondo figura no município de Santa Cruz.
Pelo Decreto Estadual n.º 268, de 30-12-1943, o distrito de Campo Redondo passou a denominar-se Serra do Doutor.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Serra do Doutor (Campo Redondo) figura no município de Santa Cruz.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 146, de 23-12-1948, o distrito de Serra do Doutor voltou a denominar-se Campo Redondo.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Campo Redondo figura no município de Santa Cruz.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo de Redondo, pela Lei Estadual n.º 2.340, 31-12-1958, desmembrado de Santa Cruz. Sede no antigo distrito de Campo Redondo. Constituído do distrito sede.
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal n.º 558, de 24-10-1962, é extinto o município de Campo Redondo, sendo seu território anexado ao município de Santa Cruz, como simples distrito.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Campo Redondo, pela Lei Estadual n.º 2.855, de 26-03-1963, desmembrado de Santa Cruz. Sede no antigo distrito de Campo Redondo. Constituído do distrito sede e instalado em 31-03-1963.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018.

EVOLUÇÃO DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Quando Rafael Fernandes assumiu a Interventoria do Estado em 1935, demitiu trezentos funcionários públicos. Essa atitude gerou insatisfação na sociedade local, que unida a outras de âmbito nacional, provocou uma revolta composta por cabos, sargentos, operários e funcionários públicos. O movimento começou em 23 de novembro de 1935 e durou quatro dias. Rafael Fernandes e os revolucionários assumiram o governo e praticaram abuso do poder.
Em 1935 ouve uma guerra no pé da Serra do Doutor, os comunistas com os católicos, o povo se afastou de suas casas e se escondiam nas furnas, correndo com medo de serem atacados. Três dias fora de casa, mulher de resguardo e as crianças chorando levando sol e sereno. As pessoas rezavam e pediam a Deus que terminasse tudo aquilo que estava acontecendo, eram muitos corpos, as pessoas desesperadas, as crianças traumatizadas com a fome, com sede, as mães já não sabiam o que fazer, pois perderam seus amigos, parentes e muitas coisas aconteciam.
Depois que tudo aconteceu, as pessoas encontraram armas, punhais, fuzis, pistolas e balas. Os católicos venceram. Os comunistas desapareceram do lugar da guerra. Fizeram um monumento como recordação. E realizaram uma reunião no local atestado pelas autoridades.
Quando as pessoas souberam o que iria acontecer a guerra na Malhada Vermelha, Dinarte Mariz organizou as pessoas para que se escondessem e não saíssem de suas casas e reuniu uma multidão para enfrentar os comunistas. A guerra durou poucas horas, mas a palavra mais forte foi a de Deus e vencemos.
Na luta partidária, a vitória do partido popular favoreceu e precipitou os acontecimentos. Deduzimos, porém, que qualquer que fosse o resultado das eleições, o movimento comunista teria resultado. Não fazemos essa afirmação baseadas em simples suposição. Os antecedentes da rebelião indicam claramente que a intentona teria interrompido, pois o movimento era de âmbito nacional, com raízes no exterior.
A RESISTÊNCIA NO SERIDÓ
A resistência no Seridó foi liderada por Dinarte Mariz, tendo tomado parte, entre outros: Enoque Garcia, Humberto Gama, Oscar Siqueira, José Epaminondas, João Agripino Filho, Francisco Trindade, Florêncio Luciano, Vivaldo Pereira, José Ermínio de Medeiros, Capitão Severino Elias e o Tenente Antônio de Castro. A principal luta com os comunistas ocorreu na Serra do Doutor, município de Campo Redondo, entre as cidades de Santa Cruz e Currais Novos. Quando os homens do Seridó chegaram à Natal, no dia 27, já encontraram a cidade ocupada pela tropa da polícia da Paraíba, enviada pelo Governador Argemiro de Figueiredo. Estava encerrado o movimento comunista em Natal.

INTENTONA COMUNISTA DE 1935

Chegou em Campo em Campo Redondo no dia 03 de janeiro de 1941. Tem um longo caminho percorrido durante quase um século neste município na qualidade de cidadão patriótico brasileiro, prestando serviço a todas as classes sociais, políticas e administrativas. Durante 6 anos foi presidente da CNEC, setor local escolar da comunidade de Campo Redondo. Tem dois tempos de serviço prestado às Forças Armadas, participou da 2ª Guerra Mundial. Ele é ex-combatente aposentado com graduação de Segundo Tenente do Exército Brasileiro.
No dia 30 de abril de 2011, o Pesquisador Epitácio Andrade visitou o autodidata Francisco Anominondas Filho, “Chico Amarante”, com 94 anos, em Campo Redondo, na Região do Trairi Potiguar.
Seu Chico Amarante é a principal testemunha do conflito final da Intentona Comunista no Rio Grande do Norte, ocorrido no dia 25 de novembro de 1935, na comunidade Malhada Vermelha, na zona Rural de Campo Redondo, episódio que ficou conhecido como “Fogo na Noite da Serra do Doutor”.
Na visita Andrade constatou o que a Assistente Social Aguinelda Souza havia informado, que Chico Amarante é um patrimônio histórico e intelectual do Rio Grande do Norte. Publicou dois livros: “Serra do Doutor e Suas Origens”, em março de 1998, e “Resgate do Brasil Remoto para um Brasil Tecnológico”, em março de 2006.
CHICO AMARANTE: TESTEMUNHA DA "INTENTONA COMUNISTA"
No seu livro sobre a Serra do Doutor, trata do episódio final da Intentona Comunista de 1935 no Rio Grande do Norte, mostrando com sua experiência de ex-combatente do Exército Brasileiro, como os comunistas perderam a guerra. “O exército comunista usava fuzis, metralhadoras e granadas, enquanto que a tropa da polícia de Caicó, comandada pelo Tenente Pedro Siciliano, usava fuzis, e os civis sertanejos aliados usavam rifles, espingardas, revólveres e pistolas.
Conta Chico Amarante, que estava na Fazenda Boa Vista, município de Frei Martinho/PB, distante 10 km do local do fatídico episódio, aos 17 anos, quando ouviu os estampidos do “Fogo na Noite da Serra do Doutor”. A resistência sertaneja ficou no alto da Serra do Doutor, esperando numa emboscada a passagem do exército vermelho. “Entre os comunistas tinha fuzileiros, atiradores, caçadores e granadeiros, mas não tinha comando porque os oficiais não aderiram à intentona”, apontando a causa principal da derrota comunista.
Estrategista, conhecedor das técnicas de guerra, afirmou ainda Amarante, que o exército comunista podia até ter Telêmaco (Instrumento usado para medir a distância do alvo) e luneta panorâmica (usada para visualizar o alvo), mas não teve planejamento para conduzir canhões. Era um exército de infantaria, sem artilharia. “Os sertanejos foram mais estratégicos, apesar da tradição pacifista, e ganharam a guerra”, concluiu.

Para o pesquisador Epitácio Andrade, que ficou impressionado com a acumulação intelectual de Seu Chico Amarante, uma das principais lideranças políticas da Região do Trairi e contemporâneo de seu pai no ramo comercial de medicamentos, “É necessário o Rio Grande do Norte reconhecer a existência deste patrimônio histórico vivo do Estado”, prometendo envidar esforços para promover um encontro de Seu Chico Amarante com o, também ex-combatente Joaquim Limão, de 90 anos, da Comunidade Pimenteira da Serra de Santana do Matos, para se permitir uma troca de informações sobre a Intentona Comunista e o Cangaço de Jesuíno Brilhante.

Fonte:http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2011/05/chico-amarante-testemunha-da-intentona.html

FRANCISCO ANOMINÔNDAS FILHO(CHICO AMARANTE)

Uma simples ligação feita pela telefonista Maria de Fátima, informou que o Açude Mãe D’água, de Campo Redondo, estava próximo ao rompimento e alertou o prefeito Hildebrando Teixeira, em Santa Cruz, e fez com que milhares de vidas fossem salvas.

Cortada pela BR 226, a cidade de Campo Redondo está localizada a 135 km de Natal, contando com um clima semi-árido durante a maior parte do ano. Porém, no mês de junho, as festas juninas esquentam o frio aconchegante que é soprado da Serra do Doutor, obrigando as pessoas a usarem casacos durante a noite.

As cenas da tragédia do dia 1º de abril de 1981, que desabrigou cinco mil pessoas e deixou o Estado do RN sem luz e água por cinco dias, ainda permanece na memória dos moradores do município de Campo Redondo e Santa Cruz.

Foram momentos de agonia que marcou as vidas dos cidadãos e fez heroína uma telefonista: Maria de Fátima da Silva, que fez contatos com o prefeito da época, Hildebrando Teixeira, para esvaziar a cidade antes do rompimento da barragem de Campo Redondo, distante 25 km de Santa Cruz, salvando milhares de pessoas.

Apesar de ser o dia 1º de abril, conhecido como o dia nacional da mentira, o alerta da telefonista deu resultado e carros de som anunciaram a ameaça da enchente. Os moradores deixaram para trás suas casas e foram abrigados em prédios públicos ou regiões altas da cidade. Dentro de três horas a enxurrada das águas devastaria a cidade.

Conhecida como a maior tragédia natural do Estado, a enxurrada de 1º de abril de 1981 contabilizou seis mortes e 1.044 casas destruídas em SantaCruz. A correnteza das águas percorreu ainda cerca de 80 km (equivalente a distância entre Natal e Tangará) e atingiu outros quatro municípios.

Com 14 torres da rede de energia da Chesf derrubados, o Rio Grande do Norte permaneceu uma semana às escuras. Em Natal, o único hospital com gerador na época era o Walfredo Gurgel. Supermercados fechavam mais cedo com medo de assaltos. Sem energia, o bombeamento para abastecimento de água também foi comprometido.

O então governador Lavoisier Maia decretou estado de calamidade pública em toda a região do Trairi e levou fotos da tragédia ao presidente da República, João Figueiredo. O ministro do Interior na época, Mário Andreazza confidenciou ao prefeito de Santa Cruz só ter visto cena igual em guerra.

Com a solidariedade de todos, um grande mutirão envolveu as instituições públicas e privadas, ONGs, voluntários, igreja e as próprias vítimas. As três esferas do poder executivo esqueceram diferenças partidárias e também se uniram para reconstruir as cidades atingidas. As doações chegavam de todas as regiões do Brasil.

Fonte Portal Campo Redondo

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